sexta-feira, 17 de maio de 2013

"O que os romanos fizeram por nós"

No filme "A Vida de Brian", onde um desconhecido, e azarado, toma acidentalmente o lugar de Jesus Cristo, o Grupo inglês Monty Python satiriza a história (a especialidade dos filmes deste grupo) da dominação dos romanos sobre os hebreus na antiguidade; mas na verdade, de um modo geral, estão dando uma sacaneada nas pequenos organizações revolucionárias e sectárias.   

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Vídeo 001: O Discurso Pós-Moderno do Coringa

Em "Batman: O Cavaleiro das Trevas" ("The Dark Knigh"), o Coringa, interpretado pelo ator australiano Heath Ledgermais uma vez rouba a cena. Em uma de suas falas, a que inspira o promotor em se transformar em o "Duas Caras", nos demonstra a sua visão de mundo pós-moderna. Mas o que é a pós-modernidade? Primeiramente temos que saber o que é a modernidade. A princípio vem de Época Moderna. Em resumo, no    início desse período, séc. XVI, os europeus desenvolveram um fenômeno cultural novo para aquele momento, que ficou conhecido como Renascimento Cultural - era o resultado das transformações socioeconômicas do contexto da Europa Ocidental (para muitos é o início da formação do capitalismo). Este movimento cultural dá início a valorização de uma razão científica, artística e filosófica, que se desenvolve e no séc. XVIII chega a seu auge: O Iluminismo. Esta corrente filosófica passa a defender a ideia de que se os indivíduos ou a sociedade forem racionais, tanto no entendimento quanto na ação planejada da realidade, construiremos um futuro melhor.   
Na Época Contemporânea, o Capitalismo torna-se hegemônico, pelo menos no Ocidente, e a Razão moderna e iluminista também. Intelectuais, cientistas das áreas humanas e artistas, sobretudo, orientam seus conceitos, suas ações e seus planejamentos pela lógica e pela Razão.
No século XX, depois da 2ª Guerra Mundial, alguns intelectuais passam a questionar a validade do exagerado uso da racionalidade para se julgar o mundo e agir sobre ele; duvidam da modernidade e de sua razão linear. Estes intelectuais, como uma antítese da modernidade, privilegiam a subjetividade. Portanto, em termos intelectuais, no mínimo, temos hoje duas posturas filosóficas para se estar inserido neste mundo: a modernidade ou a pós-modernidade.
Com a orientação adequada, este vídeo, no mínimo, ilustra os temas Renascimento Cultural, Iluminismo e, é claro, pós-modernidade. Este último não é um assunto muito conhecido; por isso aconselho a consulta de obras especializadas. Sugiro no mínimo este três: Harvey, David. Condição Pós-Moderna. S. Paulo: Edições Loyola, 2008. JAMESON, Fredric. Pós-Modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardio. São Paulo: Ática, 1997. Perry, Anderson. As origens da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999.       

Vídeo 002: Dê uma Chance a Paz


Vendo que seus alunos não se entendiam, pois havia dois grupos em cada sala de aula divididos por uma grande diferença de idade (uns muito jovens, a maioria adolescentes, e outros acima dos 30, alguns, inclusive, da 3ª idade), os professores de Geografia e História, Benaldo e Ilka, respectivamente, do curso noturno de ensino fundamental (PEJA - Projeto de Educação para Jovens e Adultos) da Escola Municipal Antenor Nascente, da rede pública de ensino da Cidade do Rio de Janeiro, resolveram reproduzir para estes alunos um vídeo em que pessoas de diferentes lugares do mundo, de diferentes etnias e culturas e, principalmente, de diferente faixas etárias foram capazes de produzir, juntas, um excelente vídeo em que cantam uma só música. Os professores conseguiram demonstrar que a diferença de idade, salvo quando carregada de muito preconceito, não inviabilizava uma convivência de tolerância para com o diferente; mas do que isso, em verdade, provaram que jovens e pessoas de mais idade podem, quando articuladas em um único projeto, realizar coisas muito legais e importantes. Resumindo (pois os professores dinamizaram um projeto pedagógico em que o vídeo foi o ponto e partida), a partir de então, percebeu-se que os conflitos, em função da diferença de idade, diminuíram muito.
O vídeo em questão chama-se "Stand by me". Qual é a história deste vídeo? Vejamos. Em 2004, o produtor musical Mark Johnson estava caminhando próximo à praia de Santa Mônica, Califórnia, e ouviu Stand by me ("Fique comigo"), de autoria de Bem E. King e cantada por John Lennon e Jimi Hendrix, dentre outros. Quem estava cantando era o músico de rua Roger Ridley, muito conhecido pelas ruas de Los Angeles. A interpretação, muito original e apaixonada, comoveu o produtor e ele resolveu levá-la para o mundo inteiro.
Mark Johnson associou-se a outro produtor, o amigo Enzo Buono, e estes gravaram Roger Ridley cantando Stand by me e correram o mundo. Encontraram outros músicos de rua em países como Espanha, Holanda, África do Sul, Itália, Rússia, Congo, Venezuela e Brasil (Inclusive outros músicos de rua do próprio EUA, de New Orleans, e grupo indígena do Novo México). Nunca tocaram juntos, contudo, após ouvirem a gravação original, cada um deu sua contribuição inédita a Stand by me. Como resultado, temos o documentário Playng for change: peace through music (a tradução literal seria: "Tocando por mudança: a paz através da música").
O vídeo pode ser associado a alguns temas, como crítica ao racismo, por exemplo, (e outras discussões sociais, considerando diferenças étnicas, convivência com a diversidade, quais as possibilidade das novas tecnologias, etc.). No entanto, o tema Globalização tem muito a ganhar com a utilização deste vídeo. Vendo que seu alunos não se entendiam, pois havia dois grupos em cada sala de aula divididos por uma grande diferença de idade (uns muito jovens, a maioria adolescentes, e outros acima dos 30, alguns, inclusive, da 3ª idade), os professores de Geografia e História, Benaldo e Ilka, respectivamente, do curso noturno de ensino fundamental (PEJA - Projeto de Educação para Jovens e Adultos) da Escola Municipal Antenor Nascente, da rede pública de ensino da Cidade do Rio de Janeiro, resolveram reproduzir para estes alunos um vídeo em que pessoas de diferentes lugares do mundo, de diferentes etnias e culturas e, principalmente, de diferente faixas etárias foram capazes de produzir, juntas, um excelente vídeo em que cantam uma só música. Os professores conseguiram demonstrar que a diferença de idade, salvo quando carregada de muito preconceito, não inviabilizava uma convivência de tolerância para com o diferente; mas do que isso, em verdade, provaram que jovens e pessoas de mais idade podem, quando articuladas em um único projeto, realizar coisas muito legais e importantes. Resumindo (pois os professores dinamizaram um projeto pedagógico em que o vídeo foi o ponto e partida), a partir de então, percebeu-se que os conflitos, em função da diferença de idade, diminuíram muito.
O vídeo em questão chama-se "Stand by me". Qual é a história deste vídeo? Vejamos. Em 2004, o produtor musical Mark Johnson estava caminhando próximo à praia de Santa Mônica, Califórnia, e ouviu Stand by me ("Fique comigo"), de autoria de Bem E. King e cantada por John Lennon e Jimi Hendrix, dentre outros. Quem estava cantando era o músico de rua Roger Ridley, muito conhecido pelas ruas de Los Angeles. A interpretação, muito original e apaixonada, comoveu o produtor e ele resolveu levá-la para o mundo inteiro.
Mark Johnson associou-se a outro produtor, o amigo Enzo Buono, e estes gravaram Roger Ridley cantando Stand by me e correram o mundo. Encontraram outros músicos de rua em países como Espanha, Holanda, África do Sul, Itália, Rússia, Congo, Venezuela e Brasil (Inclusive outros músicos de de rua do próprio EUA, de New Orleans, e grupo indígena do Novo México). Nunca tocaram juntos, contudo, após ouvirem a gravação original, cada um deu sua contribuição inédita a Stand by me. Como resultado, temos o documentário Playng for change: peace through music (a tradução literal seria: "Tocando por mudança: a paz através da música").
O vídeo pode ser associado a alguns temas, como crítica ao racismo, por exemplo, (e outras discussões sociais, considerando diferenças étnicas, convivência com a diversidade, quais as possibilidade das novas tecnologias, etc.). No entanto, o tema Globalização tem muito a ganhar com a utilização deste vídeo.